terça-feira, 23 de agosto de 2011

Cerveja sem álcool enriquece leite

A cerveja sem álcool pode aumentar até 30 por cento a capacidade antioxidante do leite materno, segundo concluiu um estudo conjunto do Hospital Universitário Doctor Peset e da Universidade de Valência, Espanha.

Esta é a principal conclusão de um estudo que começou em 2008 e que envolveu 80 mulheres saudáveis com diferentes origens e hábitos alimentares, que tinham dado à luz no Hospital Doctor Peset, e cujos bebés nasceram no período normal e com o peso adequado para a idade de gestação. A dieta habitual de 40 dessas mulheres foi suplementada durante o período de estudo com o consumo diário de 660 mililitros de cerveja sem álcool.

Em comunicado de imprensa, a líder da investigação, Pilar Codoñer, explicou que o objectivo do estudo era demonstrar que «o aporte exógeno de um produto rico em antioxidantes, como a cerveja sem álcool, poderia modificar a capacidade antioxidante que o leite humano já tem naturalmente e, assim, ajudar a reduzir o risco de doenças cardiovasculares nas crianças que são amamentadas.» Com este estudo, citado no portal Alert, não só é demonstrada a hipótese inicial, mas também foram verificados outros resultados. Por exemplo, no grupo de mulheres cuja dieta foi suplementada com cerveja sem álcool, o declínio progressivo que ocorre naturalmente na actividade antioxidante do leite humano – em comparação com a amostra de referência retirada aos 15 e 30 dias de vida do bebé - foi menor do que no grupo que não recebeu o suplemento, isto significa, segundo os investigadores, que as propriedades benéficas do leite materno são alargadas no tempo.

Além disso, as mães que seguiram a dieta suplementada com cerveja sem álcool apresentaram um menor dano oxidativo e um aumento da defesa antioxidante, tanto nas amostras de plasma como nas de urina. Na verdade, neste grupo de mulheres foi verificada a presença de 15 por cento menos marcadores de stress oxidativo no plasma do que no outro grupo. A investigação também verificou que o leite das mães que receberam cerveja sem álcool modificava o estado antioxidante do bebé, já que os níveis das moléculas que compõem o stresse oxidativo na urina eram menores nos filhos das mães com dieta suplementada.

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