Folhas secas, já cansadas,
descem da copa das plantas.
Tecem tapetes de fadas,
modelam compridas mantas.
Essas folhas já sem vida
vão enfeitando a paisagem,
deixando na despedida
só caminhos de romagem.
Gritam hinos à memória
de um Verão abrasador.
Morreram para dar glória
à vida que há-de dar flor.
E quando Março chegar,
trazendo a força da vida,
de novo se há-de cantar
à Primavera florida.
Mário Catarino
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