Vanessa Pastor foi diagnosticada com um cancro do ovário em estado inicial em 2009 e, depois de ter sido operada em Zaragoza para extrair oovário esquerdo, foi informada pelos médicos de que teria de retirar também o direito. A sua vontade de ser mãe terminava também aí, não fosse a possibilidade de preservar os seus ovócitos para usar depois do tratamento.
Esta técnica já é usada em mulheres com outros tipos de cancro, mas foi pela primeira vez aplicada numa mulher com cancro do ovário. E com êxito. Vanessa, 31 anos, apresentou esta semana o seu bebé, Mário, que nasceu de perfeita saúde.
Antes de ser submetida à cirurgia para extração do segundo ovário, a doente fez dois ciclos de estimulação ovárica para que fosse possível extrair os ovócitos. Os especialistas do Instituto Dexeus de Barcelona conseguiram congelar óvulos suficientes para preservar a sua possibilidade de ser mãe depois de superado o cancro. Um ano e meio depois da cirurgia, dois embriões, resultantes dos ovócitos fecundados com o esperma do seu companheiro, foram implantados no útero de Vanessa. Um dos embriões sobreviveu e 39 semanas depois nasceu Mário.
Os especialistas envolvidos nesta operação de sucesso advertem, contudo, no “Journal of Assisted Reproduction and Genetics”, que esta opção só foi possível porque o cancro de Vanessa foi diagnosticado numa fase muito inicial. Normalmente, o cancro ovárico é diagnosticado num estado mais avançado, quando as hipóteses de sobrevivência a cinco anos rondam os 60 por cento.
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