A Associação Portuguesa para a Igualdade Parental entrega hoje no Parlamento uma petição para que seja criado um dia nacional de alerta para este tipo de violência.
Com o aumento do número de divórcios cresce também o número de casos de alienação parental, fenómeno que também é designado como parentalidade agressiva. São casos em que os filhos são usados como “arma de arremesso” entre pais desavindos, noticia a TSF.
É para chamar a atenção sobre o assunto que a Associação Portuguesa para a Igualdade Parental defende a criação de um dia nacional de alerta para este tipo de violência. Para tal, a associação entrega esta terça-feira uma petição na Assembleia da República.
Patrícia Mendes, da Associação para a Igualdade Parental, que viveu a guerra entre o pai e a mãe quando era adolescente, afirma que os filhos são as principais vítimas daquilo que se chama a síndrome de alienação parental. Trata-se dos casos em que um dos progenitores manipula a criança de forma a que ela rejeite e se afaste do outro progenitor.
É uma violência que não se vê, como diz o presidente da Associação para a Igualdade Parental, Ricardo Simões, e é uma violência que não tem enquadramento penal.
Rosa Castro, psicóloga da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), diz que tem recebido alguns “casos em que o outro progenitor tenta denegrir a imagem, tenta impedir o contacto, não sendo aparentemente justificado com nenhuma situação de maus tratos anteriores”.
Rosa Castro explica ainda que “o que acontece na alienação parental é que existe uma espécie de campanha por parte do outro progenitor que cria na criança comportamentos de rejeição e de agressividade relativamente ao outro progenitor”.
Uma “campanha” que tem “efeitos no desenvolvimento psicológico da criança”, acrescenta Rosa Castro.
http://www.paisefilhos.pt/index.php/actualidade/noticias/5907-mais-criancas-vitimas-de-alienacao-parental
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