quarta-feira, 10 de abril de 2013

Tudo começa no prato


A forma como a grávida se alimenta marca o desenvolvimento genético do bebé e pode ser determinante para o proteger de várias doenças graves até à idade adulta.
A alimentação é uma das grandes preocupações da mulher,logo que descobre que está grávida. A qualidade e a quantidade dos alimentos começam a ditar o tom das refeições, mesmo para quem, até então, pouco ou nada se preocupava com o que punha no prato. Tudo em favor do desenvolvimento e da saúde do bebé que aí vem. Evita-se o álcool e os excessos de todo o tipo, procura-se aumentar a ingestão dos produtos que, comprovadamente, têm efeitos benéficos na gestação e toda a atenção é dada à balança para que o ganho de peso esteja sempre sob controlo. Sim, porque a velha expressão “comer por dois” tem vindo, felizmente, a ser substituída pela ideia de “comer para dois”.
A ideia de que uma dieta equilibrada durante a gestação ajuda a que os nove meses possam decorrer mais saudáveis para mãe e bebé é consensual. Mas sabia que estes 280 dias são uma janela de oportunidade imperdível para garantir mais saúde ao seu filho, desde a infância até à idade adulta? “A chamada nutrição fetal é onde tudo começa”, garante a pediatra Rute Neves, do Hospital de D. Estefânia, em Lisboa. “No período que vai da conceção ao parto – e que prossegue nos primeiros dois anos de vida da criança –, por efeito dos aportes nutricionais, dão-se desenvolvimentos na nossa estrutura e expressão genética que terão efeitos durante toda a vida. Se esses efeitos serão positivos ou negativos, dependerá da forma como a mãe agir durante esta fase”, adianta a mesma especialista.
Muito mais do que comer de forma equilibrada e saudável como um princípio sem metas bem definidas, Rute Neves refere estudos internacionais para garantir que a gravidez “é uma altura primordial para o desenvolvimento, no bebé, de fatores de risco ou de fatores protetores de algumas patologias crónicas não transmissíveis”. São os casos “das doenças cardiovasculares, da diabetes, da obesidade, da doença respiratória crónica” e também de outras situações como “as doenças mentais e até algumas neoplasias”.
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