As mães que partilham a cama com os seus bebés tendem a amamentar durante mais tempo, sugere um novo estudo publicado no “JAMA Pediatrics”, lembrando, contudo, que o co-sleeping é um fator de risco para a síndrome da morte súbita do lactente. Os investigadores quiseram perceber se o co-sleeping tem influência na duração da amamentação e, para isso, acompanharam os participantes no estudo durante o primeiro ano de vida do bebé. Os resultados mostram que a partilha de cama favorece e prolonga a amamentação e que quanto mais cedo os bebés começam a dormir com as mães mais prolongada é a amamentação.
Os autores sublinham que, apesar destes resultados revelarem uma forte evidência de que o co-sleeping promove e prolonga a amamentação, é importante que os pais tenham em conta os potenciais riscos desta prática. Na mais recente atualização das orientações da Academia Americana de Pediatria sobre a segurança do sono e a redução do risco de morte súbita, o co-sleeping é apontado como um fator de risco e, por isso, é uma prática “não recomendada”.
“Somos todos a favor da promoção da amamentação e os pais devem ser informados de que o co-sleeping pode tornar a amamentação mais fácil e, assim, prolonga-la por mais tempo. Contudo, também devem saber que esta prática não é isenta de riscos”, afirmam os autores, defendendo que os profissionais de saúde devem explicar as duas situações aos pais, para que eles possam tomar decisões informadas.
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