quinta-feira, 9 de junho de 2011

E ele move-se!

Quando o bebé nasce, traz ainda a forma da barriga da mãe. Vem enroladinho, pernas e braços encolhidos, como que a proteger-se do mundo novo que o espera. Lentamente, vai desenrolando, perdendo a estranheza e ganhando a curiosidade. Quer ver tudo, saber tudo e para tal terá de se mexer.

Os primeiros movimentos executados por um bebé são tentativas de explorar as superfícies que o rodeiam. O sentido do tacto está bem activo e é por isso que o colo o acalma mais do que tudo. É normal também o bebé agitar muito os braços e as pernas durante as primeiras semanas. São contorções que mostram que está pouco confortável, infeliz ou muito estimulado. Cedo descobre que se fincar os calcanhares é impulsionado para cima. Daí que, quando deixamos o bebé sozinho no berço, ele suba até bater com o topo da cabeça na cabeceira. É a sua primeira forma de locomoção.

Muitos dos primeiros movimentos do bebé são reflexos, que vão desaparecendo ao longo dos meses. Por exemplo, sempre que o bebé, deitado de costas, vira a cabeça para o lado, provoca a extensão do braço do mesmo lado, enquanto o outro se mantém encolhido. Esta postura é chamada de reflexo tónico-cervical ou de reflexo de esgrimista, pois faz lembrar as posições de esgrima. Serve para que o bebé possa descobrir a mão e desaparece antes de conseguir rolar, o que acontecerá por volta dos três meses.

Nessa altura, já estará completamente esticado e pronto para rolar sobre si próprio. É mais fácil virar-se estando de barriga para baixo, embora alguns bebés comecem por virar mesmo estando de costas. Rolar é mais uma etapa no rápido desenvolvimento do bebé. Deve ser encorajado e aplaudido. Mas como não se sabe quando este dia vai chegar, o mais seguro é nunca deixar o bebé sozinho no muda-fraldas ou na cama de casal, mesmo que seja só por um instante. Pode rebolar e cair. É que cada etapa alcançada traz sempre uma alegria e um motivo de cuidado.

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