A toma de pequenas quantidades de leite de fórmula nos primeiros dias de vida das crianças que têm maior perda de peso poderá aumentar o tempo de amamentação materna, sugere um estudo publicado na revista “Pediatrics” e citado pelo “Alert”.
A amamentação materna é o melhor alimento para os bebés, pela vasta gama de benefícios que apresenta, incluindo redução do risco de infeções e alergias, bem como o fornecimento de um equilíbrio perfeito de nutrientes. Por isso mesmo, as principais sociedades científicas de Pediatria defendem a amamentação materna exclusiva nos primeiros seis meses de vida, de modo a conseguir obter maiores benefícios para a saúde da criança.
No entanto, a perda de peso do bebé nos primeiros dias após o parto é motivo de grande preocupação para as mães e um dos motivos pelos quais abandonam a amamentação. Para evitar este abandono, os investigadores sugerem que toma de pequenas quantidades de leite artificial nesta altura pode reduzir as preocupações das mães, tornando-se estas mais confiantes e prosseguirem com a amamentação.
De forma a chegar a esta conclusão, os investigadores da Universidade da Califórnia, nos EUA, contaram com a participação de 40 bebés de termo que tinham entre 24 a 48 horas de vida e que tinham perdido cinco por cento do seu peso após nascimento. Os bebés beberam, aleatoriamente, uma quantidade limitada de leite de fórmula (cerca de 28,4 mililitros) após a amamentação ou foram exclusivamente amamentados com leite materno. O leite de fórmula foi administrado através de uma seringa para evitar que os bebés começassem a preferir a tetina do biberão ao peito da mãe. Ao fim de três meses, o estudo apurou que 79 por cento dos bebés que tinham bebido leite artificial naqueles dias ainda continuavam a ser exclusivamente amamentados, comparativamente com os 42 por cento dos bebés que não tinham tomado este tipo de leite, explica o “Alert”.
“Com base nestes resultados, os médicos poderão considerar a recomendação temporária de pequenas quantidades de leite de fórmula para os bebés que perdem peso de uma forma significativa”, afirmam os investigadores.
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