Apenas um quinto dos países têm legislação sobre todas as recomendações do Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno e apenas 38 por cento dos bebés “são amamentados exclusivamente durante seis meses revela” revela um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgado a propósito da Semana Mundial da Amamentação, que decorre até 7 de agosto.
No comunicado, ao qual a agência Lusa teve acesso, a OMS reafirma que o leite materno é o melhor alimento para os bebés e as crianças pequenas e “uma das formas mais eficazes para garantir a saúde da criança e a sua sobrevivência”, salientando ainda o seu efeito protetor em relação à obesidade e à diabetes.
A organização assinala que ainda que “globalmente, a amamentação tem o potencial de prevenir 220.000 mortes entre os menores de cinco anos anualmente”, lembrado ainda que o leite materno tem todos os nutrientes que os bebés necessitam, bem como anticorpos que os protegem contra a diarreia e a pneumonia, duas das principais causas de mortalidade em todo o mundo. Além disso, a amamentação também beneficia a mãe porque “reduz os riscos de cancro da mama e do ovário e ajuda as mulheres a voltarem mais rapidamente ao seu peso pré-gravidez”.
Apesar de todos estes benefícios, a OMS estima que apenas 38 por cento dos bebés “são amamentados exclusivamente durante seis meses”. Carmen Casanovas, do Departamento de Nutrição para a Saúde e o Desenvolvimento da OMS destaca que “quase todas as mães estão fisicamente aptas para amamentar e fá-lo-ão se tiverem informação correta e apoio”, defendendo que a aplicação integral do Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno é “vital para reduzir ou eliminar todas as formas de promoção de substitutos do leite materno”.
A OMS pretende aumentar a taxa mundial de aleitamento materno em exclusivo durante os primeiros seis meses em 50 por cento até 2025.
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