Há cada vez mais bebés e crianças com a vacinação em atraso, sugere um novo estudo publicado no “JAMA Pediatrics”. Num grupo de mais de 300 mil bebés norte-americanos, avaliados entre 2004 e 2008, verificou-se que quase metade estavam “subvacinados” em determinada altura antes do segundo aniversário. Em alguns dos casos, foram os pais que optaram por não administrar as vacinas recomendadas pelo CDCP (Centers for Disease Control and Prevention).
Os investigadores afirmam estar preocupados com esta tendência, uma vez que se mais crianças continuarem a não ser vacinadas, todas as outras crianças da comunidade e das escolas podem ficar em risco de contrair uma infeção como a tosse convulsa ou o sarampo.
“O risco de contrair a infeção sobe até nas crianças vacinadas”, alertou Saad Omer, do Emory Vaccine Center, em Atlanta, acrescentando que “isto pode criar uma massa perigosa de indivíduos suscetíveis”. Isto porque nenhuma vacina protege a 100 por cento contra a infeção.
Assim, as autoridades de saúde pública confiam na chamada imunidade coletiva ou de grupo para evitar a propagação das doenças preveníveis através de vacinação.
Durante o período estudado, verificou-se que o número de crianças que tinham vacinas em atraso – incluindo a vacina tripla (contra o sarampo, a papeira e a rubéola), a do tétano e da difteria – aumentou de 42 por cento para 54 por cento. Os bebés nascidos no último ano do estudo apresentavam mais dias de atraso na vacinação do que os bebés nascidos em 2004.
Estudos recentes mostram que há cada vez mais pais a pedir para atrasar a vacinação ou mesmo a recusar determinadas vacinas devido a questões de segurança, quase sempre relacionadas com o risco de autismo. No entanto, sublinham os investigadores, não existem evidências de que a vacinação esteja associada a um risco mais elevado de autismo.
http://www.paisefilhos.pt/index.php/actualidade/noticias/5854-vacinas-em-atraso
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