quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Crianças, vamos lavar os dentes

Os hábitos criam-se muito cedo. E lavar os dentes não é excepção. Se as crianças forem ensinadas a lavar os dentes logo desde cedo, há fortes probabilidades de o fazerem toda a vida.
Nada mais normal: para se calar uma criança dá-se-lhe um rebuçado, uma bolachinha ou então «mergulha-se» a chucha em mel ou açúcar. Por enquanto, ela não chora e, se voltar à birra, então reforça-se a dose. «Não faz mal» ou «É só uma vez por outra» são algumas das expressões mais ouvidas da boca dos pais ao referirem-se a esta prática.

O problema é que, lentamente, isso torna-se num hábito e a pouco e pouco os dentes vão «sofrendo» com as doses excessivas de açúcar. O resultado é óbvio: cáries, consultas ao dentista, dores, etc..

É por isso que se torna «extremamente importante começar a falar em higiene oral às crianças», defende o Prof. Mexia de Almeida, da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa. Para este professor da disciplina de Medicina Preventiva, é fundamental «conseguir que as crianças adquiram o hábito da higiene oral».

E tem de ser muito cedo, salienta Mexia de Almeida: «Está-se hoje a colocar as crianças a escovar os dentes ou a iniciar a sua higiene oral logo quando começam a ter dentes. Portanto, entre os seis meses e um ano de idade.»

Nesta altura inicial, tão importante como uma boa escovagem é a condução de flúor para os dentes, que vai ajudar as crianças a protegerem-se de eventuais cáries. Aqui, o importante é que a escovagem comece por ser uma brincadeira e se torne num hábito. Só assim se perpetuará pela vida fora.

Se numa primeira fase os pais têm de se esforçar para convencer os filhos a lavar os dentes, a partir dos cinco ou seis anos eles já têm destreza manual para fazer isso sozinhos.

O ideal, sugere Mexia de Almeida, é as crianças até aos 12 meses escovarem os dentes uma vez por dia, à noite. A partir dos dois anos devem lavar os dentes duas vezes por dia, uma de manhã e outra à noite. Se escovarem também depois de almoço não virá mal nenhum ao mundo, pelo contrário.

texto do Dr. Miguel Alexandre Ribeiro
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