quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Espelho meu, espelho meu...


Quem consegue ficar impassível diante do espelho? Ninguém. Muito menos os bebés. Eles adoram observar a sua imagem porque isso os leva a um mundo de descobertas. "É óptimo para ajudar a criança a reconhecer o seu corpo", diz Orlei Araújo, pediatra do Hospital Santa Marina, em São Paulo. No espelho, por exemplo, o seu filho percebe que as mãos, que estão sempre na boca, têm braços.

Descobertas
Os bebés também treinam a fala diante do espelho, dando gritinhos. Esse diálogo e o estímulo dos pais contribuem para o reconhecimento final: por volta dos 10, 11 meses, a criança percebe que é dela a imagem no espelho.
Sou eu, sou eu!
A maioria dos bebés identifica-se no espelho a partir do décimo mês, "mas é normal e esperado que a criança descubra isso até os 18 meses", avisa o pediatra Orlei Araújo. Caso não aconteça com o seu filho, convém fazer uma observação ao pediatra. "A criança autista, às vezes, não consegue perceber que a imagem reflectida no espelho é dela nem que é uma pessoa separada da mãe", alerta Anne Lise.
Entre o segundo e o terceiro mês, o bebé sorri para qualquer rosto, inclusive o seu reflectido no espelho. Não é que ele se reconheça. Antes dessa descoberta, explora o espelho como qualquer outro brinquedo. Diverte-se com o reflexo que vê: o de outra criança. Depois do quinto mês é capaz de identificar os pais no espelho. Olha para a imagem e para quem estiver a seu lado, confirmando a informação. Quando começa a gatinhar, o desafio do bebé diante do espelho é entender como aquela imagem, que ainda não reconhece como sua, está lá. Intrigadíssimo, faz investigações atrás do objecto.

http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI17396-15162,00.html

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